No Brasil, a pesquisa pelo termo “inclusão” cresceu 366% e “pessoas reais”, 700%

De acordo com a pesquisa da plataforma de insights criativos Visual GPS, em seus dados globais de termos de pesquisa de clientes, a busca por “diversidade” cresceu mais de 133%, “cultura” 115%, “pessoas reais” 115% e “inclusão” 126%. No Brasil, a pesquisa pelo termo “inclusão” cresceu 366% e “pessoas reais”, 700%.

Importante e relevante ver esse movimento crescente e positivo para reconhecer e valorizar todas as diversidades. Além de ser o que nos humaniza, nossas diferenças cada vez mais são percebidas como valor. Porém, é preciso ir além para garantir ambientes realmente de oportunidades justas. É preciso compreender todos os níveis de inclusão e identificar quais ações podem e devem ser tomadas.

Por isso, precisamos entender as diferenças entre exclusão, segregação, integração e inclusão. Confira as explicações concedidas pelo eureca.

Exclusão

Nessa fase, nenhuma atenção é provida às minorias (por causa de sua raça, gênero, deficiência ou qualquer outra condição tida como diferente). Historicamente, classes sociais simplesmente ignoravam, rejeitavam, perseguiam e até exploravam essas pessoas.

A exclusão no mercado de trabalho ocorre quando o acesso à empregabilidade é negado e, por isso, as minorias não têm possibilidade de se candidatar a uma vaga. Em grande parte dos casos, organizações trazem em seu posicionamento uma certa dificuldade em infraestrutura ou cultura para acolher a diversidade. 

Você provavelmente já ouviu frases como essa: “Eu até queria um time mais diverso, mas é difícil achar pessoas com deficiência com experiência em gestão.” Isso não pode se tornar argumento para a exclusão. Pessoas talentosas estão em todos os lugares e fazem parte de todos os grupos. Mas, quando o assunto é inclusão, a busca precisa ser intencional.

Segregação

Neste nível, as pessoas são distanciadas da sociedade e da família, geralmente atendidas em instituições específicas por motivos religiosos ou filantrópicos, e têm pouco ou nenhum controle sobre a qualidade da atenção recebida.

A segregação ocorre no mundo corporativo quando alguns colaboradores trabalham em ambientes separados ou simplesmente não possuem o mesmo acesso e direitos que os demais membros da empresa. Essa separação também fica nítida quando pessoas diversas não são promovidas ou contratadas para cargos de liderança, deixando evidente essa divisão nos níveis superiores.

Integração

Aqui, o indivíduo do grupo minoritário começa a ter acesso à classe regular, desde que se adapte e não cause nenhum transtorno ao contexto.

A integração nas organizações envolve inserir times diversos em quase todas as áreas, mas sem alterar a estrutura e/ou cultura da empresa. Ou seja, uma mulher pode fazer parte de um setor majoritariamente masculino, mas é ela que deve se adaptar ao ambiente, e não o contrário.

Muitas pessoas chamam isso erroneamente de inclusão, mas, a menos que o(a) funcionário(a) receba todo o apoio necessário, isso é apenas integração. Ao abraçar as diferenças é importante repensar não só o processo de gestão de pessoas como também os sistemas estruturais que podem impedir oportunidades de capacitação das equipes.

Inclusão

Com o avanço da sociedade a luta pela inclusão social e pelo respeito à diversidade se fortalece e faz crescer a busca por um mundo que possa atender a todos, sem rótulos e sem classificações discriminatórias.

O princípio fundamental de empresas inclusivas consiste em todos os colaboradores trabalharem e se desenvolverem juntos, sempre que possível, independentemente das dificuldades e das diferenças que apresentem.

Essa inclusão envolve uma transformação organizacional com mudanças e modificações de modelos de trabalho, rituais de gestão, estruturas físicas e até mesmo de estratégias. Não é o membro que deve se adaptar à empresa, são as instituições que devem modelar-se para atender à demanda da diversidade humana.

Bônus: vamos falar também de acessibilidade?

A acessibilidade significa garantir que todas as pessoas tenham acesso aos espaços, informações e comunicações disponíveis. Já acomodação, um conceito similar, significa fazer ajustes, apenas quando necessário, para garantir que todos possam usufruir e exercer os seus direitos.

O eureca fez uma lista de exemplos de acessibilidade:

  • Acessibilidade arquitetônica: eliminação de barreiras ambientais físicas nas residências, nos edifícios, nos espaços e equipamentos urbanos, e nos meios de transporte individuais ou coletivos;
  • Acessibilidade comunicacional: eliminação de barreiras na comunicação interpessoal (oral, língua de sinais), escrita (jornal, revista, livro, carta, apostila e outras, incluindo textos em braille e o uso de computador portátil) e virtual (acessibilidade digital);
  • Acessibilidade metodológica: eliminação de barreiras nos métodos e técnicas de estudos, de trabalho (profissional), de ação comunitária (social, cultural, artística e outras) e de educação familiar;
  • Acessibilidade instrumental: eliminação de barreiras para o acesso e manuseio de instrumentos, utensílios e ferramentas de estudos, de trabalho (profissional), de lazer e recreação (comunitária, turística, esportiva e outras);
  • Acessibilidade programática: eliminação de barreiras “invisíveis” embutidas em políticas públicas (leis, decretos, portarias e outras), normas e regulamentos (institucionais, empresariais e outras);
  • Acessibilidade atitudinal: eliminação de vieses inconscientes, estigmas, estereótipos e discriminações nas pessoas em geral.

Em qual destes momentos você acredita que sua empresa está? Em qual gostaria de chegar?

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